Cosas del Campo + Cavalo Crioulo 
Um cavalo não se faz sozinho. Os aperos também fazem parte dessa história e na raça Crioula isso não é diferente. O ofício de lidar com o couro cru e realizando verdadeiras obras de arte é responsabilidade do Guasqueiro, o artesão que dá vida, através de suas mãos, a peças únicas, que marcam história e fazem parte da cultura de um povo de geração em geração. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) sabe da importância e valoriza essas iniciativas. Em 2022, por exemplo, foi realizada a terceira edição do Concurso de Guasqueiros e também a primeira Mostra de Aperos. 

Por iniciativa do deputado Gaúcho da Geral (PSD), o Projeto de Lei 61/2022 foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no último dia 24 de maio, que declara o ofício de Guasqueiro como integrante do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado. Em sua justificativa, o projeto expõe que:

“Nos dias de hoje, a exemplo do país vizinho, o Brasil e principalmente os rio-grandenses, começam a ver com outros olhos o trabalho do guasqueiro. Com o crescimento dos criatórios de Cavalo Crioulo e o renascimento de um novo tradicionalismo, que busca não somente autenticidade mas compreender sua essência, o guasqueiro volta a ativa e com força total, adapta-se a nova realidade e passa a produzir não somente os preparos tradicionais de trabalho, mas os que serão usados em pistas de exposições morfológicas, provas funcionais, bem como objetos decorativos, e de uso urbano aproveitando-se da antiga técnica”

Ainda na quarta-feira foi lançado o livro “Guasqueiro: a arte gaúcha do couro no apero crioulo”, de autoria de Rodrigo Schlee e Fernanda de Souza, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Reconhecendo a importância do Cavalo Crioulo na atividade do guasqueiro, a ABCCC recebeu, através do presidente César Augusto Rabassa Hax, a obra das mãos dos autores, na sede da Associação, em Pelotas/RS, no último dia 31. 

Fonte: ABCCC - Foto: Fagner Almeida