O crescimento das competições e do comércio internacional de equinos leva a uma expansão na distribuição geográfica de patógenos. Esses vírus podem levar a sérios problemas de saúde, perda de desempenho e perdas econômicas significativas.
Para prevenir possíveis surtos, é fundamental reconhecer os sinais clínicos associados a essas doenças.

→ Rinovírus Equinos (ERAV e ERBV): febre leve (não sistemática), secreção nasal, tosse e inflamação do trato respiratório superior (faringite) e pode contribuir para asma leve em alguns casos.

→ Vírus da Influenza Equina (EIV):
Febre, secreção nasal, tosse seca, letargia e inapetência. A VEI pode causar doença respiratória aguda, levando à redução da tolerância e do desempenho ao exercício. Com um sistema respiratório enfraquecido, os cavalos são mais suscetíveis a infecções bacterianas secundárias.

 → Herpesvírus Equinos (EHV-1 e EHV-4): Febre, secreção nasal, tosse e incoordenação. O EHV-1 pode levar à mieloencefalopatia por herpesvírus equino (EHM), que causa sinais neurológicos e pode ser fatal. O EHV-1 também pode causar abortos em éguas grávidas.
Alguns herpesvírus como EHV-2 e EHV-5 estão disseminados em populações de cavalos, mas nem sempre causam doença clínica, tornando a interpretação complexa.

→ A gravidade da doença pode variar entre cavalos individuais e os sinais clínicos podem se sobrepor, tornando difícil diagnosticar definitivamente o vírus específico responsável sem testes laboratoriais. Para uma detecção rápida e sensível de vírus respiratórios, diagnósticos moleculares como o qPCR são mais rápidos, econômicos e confiáveis do que as técnicas tradicionais e requerem um swab nasofaríngeo.

→ A estação de outono é auspiciosa para esses vírus, então fique de olho em quaisquer sinais suspeitos e não hesite em procurar aconselhamento com seu veterinário.

Foto: Esperado 1518 da Escondida | Expointer 2023 | João Morais