Antes de começar este teço, quero esclarecer que sou gaúcho “raiz”, e trago grande respeito pelas nossas tradições .
“Mas , como tudo na vida , o homem deve evoluir , tentando forcejar menos e raciocinar mais….”
Então por estes anos que vivo o cavalo intensamente praticamente já vi de tudo.., e cheguei a acompanhar sequelas de barbarísmos que herdamos dos nossos índios charruas ; quando o homem medindo força com os potros xucros , os dominava na força bruta , com ajudas de boleadeiras, pealos ,soga e por fim o emblemático “palanque”.
“A seguir vinham as agressivas quebras de queixo (enquanto o animal não esperneava , por falta de ar , não paravam de puxar)
“Até aí , eram as possibilidades que tínhamos . Eram literalmente os “predadores humanos”.
Mas por sorte , evoluímos , seguindo profissionais , que pensavam e pensam mais do que forcejam…
Tive a sorte de seguir a dois ícones do lombo do cavalo. Vilson Souza e Jango Salgado. Cada um com seus métodos , porém ambos atingiam os mesmos objetivos ; “o cavalo manso , e bem domado”.
Os respeitando sempre . Conquistando como amigos e jamais como escravos.
Mas o que mais me impressiona , é que ainda mesmo assim com o progresso , “o gaúcho “, não todos é claro , mas continua , por atavismo, continuarem carrascos com seus cavalos.
É comum vermos , a insensibilidade , em não respeitarem , ou ainda não perceberem , o tempo para o animal pensar … isto também acontece na lida com gado.
“Normalmente é na base do empurrão , num vai ou racha”…
Voltando a lida com os cavalos , ainda vê-se , tirões pelo cabresto . “Na antiga passada do cabresto no tirador ou na cintura”. Fazendo o pobre animal “trocar de pontas , numa demonstração de força sobre um ser irracional …
Também , ainda vê-se animais que estariam bem começados na doma, ao fazerem manobras corretas, voltarem a ser cobrados até chegarem ao erro.
“Como dizia o amigo Vilson!
A escaramuça se assemelha a uma torneira , bastando fecha -la sem estragar sua rosca “.
Vê-se ainda , “sacudidas com tiradores ou sacos plásticos “ levando muitas vezes os potros atirarem-se contra cercas o baterem seus quadris nas tronqueiras das porteiras.
Mas o que fazer !! Só nos resta o tempo, pois de maneira geral , tais procedimentos ainda estão marcados em seus DNAS da nossa gente !
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