O Cavalo Crioulo é uma raça que apresenta uma ampla gama de características e habilidades ao longo de sua existência.

Colunista: Cosas del Campo

Sábado - 20 de janeiro de 2024

O Cavalo Crioulo é uma raça que apresenta uma ampla gama de características e habilidades ao longo de sua existência.
"Cavalo Crioulo "   O cavalo Crioulo é uma raça originária do Brasil, com altura na cernelha variando entre 1,38 m e 1,47 m. confirmados por ABCCC. Ele[...]

"Cavalo Crioulo "

 

O cavalo Crioulo é uma raça originária do Brasil, com altura na cernelha variando entre 1,38 m e 1,47 m. confirmados por ABCCC.

Ele possui um temperamento ativo, dócil, resistente, inteligente e rústico. Sua origem remonta aos equinos Andaluz e Jacas espanhóis, trazidos da Península Ibérica no século XVI pelos colonizadores. Esses cavalos se estabeleceram na América e formaram manadas selvagens que enfrentaram condições adversas de alimentação e temperaturas extremas ao longo de quatro séculos. Essas adversidades moldaram as características marcantes da raça, como rusticidade e resistência. No século XIX, fazendeiros do sul do continente começaram a valorizar esses cavalos e a preservar a raça. Em 1932, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) para preservar e difundir a raça no Brasil. Uma curiosidade que demonstra a resistência desses cavalos é a história de Gato e Mancha, dois cavalos Crioulos que percorreram 21.500 km em uma cavalgada de três anos e cinco meses, partindo de Buenos Aires e chegando aos Estados Unidos em 1928.

O cavalo Crioulo possui características físicas como cabeça cônica, focinho fino, orelhas pequenas, olhos grandes separados, pescoço musculoso, tronco compacto e musculoso, cernelha larga e forte, dorso e lombo curtos e fortes, garupa poderosa, peito musculoso, tórax alto e arqueado, ventre redondo, pernas e coxas musculosas, membros curtos e fortes, com paleta longa e inclinada. Eles têm uma média de peso de 400kg e podem apresentar diversas pelagens.

O cavalo Crioulo é muito versátil e pode ser utilizado em diversas provas e atividades, como campereada, chasque, paleteadas, enduro, marcha de resistência e o freio de ouro, que consiste em avaliação morfológica e funcional dos animais.

Vacinação e vermifugação são medidas importantes para prevenir doenças e perdas econômicas em equinos. É recomendado que todos os animais de uma mesma propriedade sigam o mesmo programa de vacinação, que pode variar de acordo com a região em que vivem ou para onde serão transportados. As vacinas mais comuns na equinocultura são contra influenza, tétano e encefalomielite equina. Em propriedades com histórico de aborto equino por vírus, é recomendado reforçar a vacinação em éguas prenhas nos 5º, 7º e 9º meses de gestação. Já os endoparasitas podem causar problemas como cólicas, anemia, diarreia, constipação e atraso no crescimento dos equinos. Por isso, é importante implementar programas de vermifugação de acordo com o número de animais e o tamanho da propriedade, alternando o princípio ativo para evitar resistência parasitária e combater todos os tipos de vermes.

O alimento natural dos cavalos são os volumosos, como pastagens e forragens, que fornecem parte das necessidades nutricionais. No entanto, devido às exigências do esporte, é comum adicionar concentrados energéticos e/ou proteicos, como rações e grãos, à dieta dos cavalos. É importante oferecer a quantidade adequada de concentrados de acordo com a categoria do animal, mas o consumo excessivo pode causar problemas de saúde graves, como miopatia de esforço, laminite ou cólicas.

Além disso, é recomendado estabelecer uma rotina regular de alimentação para os cavalos, evitando longos períodos de jejum. A suplementação com sal também é importante para evitar deficiências minerais.

No que diz respeito ao casqueamento e ferrageamento, é essencial manter os cascos dos cavalos limpos diariamente, especialmente antes do exercício. Essas práticas ajudam a prevenir problemas no aparelho locomotor e protegem os cascos de impactos com o solo.

Quanto ao confinamento dos cavalos, é importante oferecer água limpa, fresca e em quantidade suficiente o tempo todo. Manter os cavalos em baias é antinatural, pois eles têm o hábito de se deslocar por longas distâncias diariamente. Portanto, é recomendado oferecer baias grandes, com boa ventilação, cama adequada, cochos e bebedouros na altura correta.

As alterações dentárias também podem afetar a mastigação e digestão dos alimentos nos cavalos, levando a uma menor absorção de nutrientes, perda de peso, queda de desempenho e problemas gastrointestinais. Por isso, é importante realizar um manejo odontológico a cada 6 meses com um veterinário capacitado.

A vacinação e a vermifugação são medidas importantes para prevenir doenças e minimizar perdas econômicas. Todos os cavalos de uma mesma propriedade devem ser vacinados de acordo com um programa específico, que pode variar de acordo com a região em que o animal vive ou para onde será transportado. As vacinas mais comuns em equinocultura são contra influenza, tétano e encefalomielite equina. No caso de propriedades com problemas de aborto equino, é recomendado reforçar a vacinação em éguas prenhas no 5º, 7º e 9º meses de gestação. Quanto à vermifugação, é importante implementar um programa de acordo com o número de animais e a extensão da propriedade, alternando o princípio ativo para evitar resistência parasitária e combater todos os tipos de vermes.

Com base em informações do Abccc Stud Book e de outras fontes, como os livros "Criação do Cavalo e de Outros Equinos" de A.P. Torres e W.R. Jardim (1987) e "O Cavalo: Características, Manejo e Alimentação" de A.G. de C. Cintra (2014).

Imagem: Colibri Matrero | JG Martini

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