Por horas , me incomoda ao ouvir pessoas (daqui do Brasil), desprezarem os cavalos Chilenos . Considero de certa forma uma ingratidão …pois sabemos de suas importâncias , para nos elevarem ao status de um cavalo quase , ou até mesmo perfeito, na conjunção morfo funcional . Por questão de justiça , me sinto obrigado a , relembrar , aos mais antigos e esclarecer aos neófitos , que a raça crioula , na América , (mais pontualmente Brasil , Uruguai e Argentina ) , teve dois momentos em sua evolução , morfo funcional , com a chegada dos sangues Chilenos .Fatos que jamais poderão serem ocultados.
Digo , sempre , que embora eles não sendo os mais belos , morfologicamente , exerceram um papel importantíssimo como ferramenta , para chegarmos ao nosso cavalo atual.
Como falei antes , cabe a habilidade do criador , em elegê-los e fazer acasalamentos que venha acrescentar , não somente no ponto de vista funcional , como também na própria morfologia.
A prova disso está explícita ,através dos principais reprodutores que construímos aqui , com a mistura dos sangues de lá .
“No caso da morfologia , saímos de um cavalo grosseiro, pesado e tosco , para um biotipo de animais elegantes, ágeis e dóceis .
Com o devido respeito , mas fomos habilmente manipulados ,a excluirmos o Chile , como país integrante da Ficcc, talvez por pura disputa de mercado .
Ao meu ver , um erro . Pois como sempre afirmo, o criador deve usar o livre arbítrio em suas escolhas genéticas . Tanto do lado de cá da Cordilheira como no Chile . É um direito deles , não usarem nossos cavalos . Pois “o burro tem que ser encilhado pela vontade do seu dono”.
Conheço inúmeros criadores Chilenos , que são totalmente abertos ao livre mercado entre linhas de sangues existentes nos países citado acima. Lembrando que hoje muitos deles já são portadores de sangues daquele país …
“Neste momento , relembro minhas charlas com o Mestre Flavio Telechea sobre a polêmica entre criadores mais antigos que tinham restrições aos cavalos oriundos do Chile.
Dizia ele ; “Essa polêmica não existe , ela vem sendo criada e alimentada sem conhecimento de causa”.
Depois de muito anos , “o vento virou”. Alguns criadores do Chile encabeçaram a não aceitarem a inclusão do registro , de animais oriundos de outros países.
Na minha opinião houve um certo exagero pela saída do Chile , à integrarem aos países pertencentes a Ficcc.
“Ninguém seria ou será obrigado a importar ou exportar animais , o mercado é soberano , portanto as escolhas deveriam fluir livremente . Ademais sei ,que em breve , o Chile precisará levar animais nossos. Até porque , a imensa maioria dos nossos pedigrees , tem alto percentual de sangues de lá !!
Tupambaé
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