Resistência do Cavalo Crioulo será testada em prova de 750 quilômetros

Colunista: AgroEffective

Quarta-feira - 12 de junho de 2024

Resistência do Cavalo Crioulo será testada em prova de 750 quilômetros
Marcha Anual de Resistência, promovida pela ABCCC, ocorrerá pela primeira vez em Santa Vitória do Palmar (RS)   O município de Santa Vitória do[...]

Marcha Anual de Resistência, promovida pela ABCCC, ocorrerá pela primeira vez em Santa Vitória do Palmar (RS)

 

O município de Santa Vitória do Palmar, no extremo sul gaúcho, vai sediar a 22ª Marcha Anual de Resistência, promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). A Marcha de Resistência é uma prova de seleção do Cavalo Crioulo que tem como objetivo selecionar rusticidade, resistência e capacidade de recuperação do animal.  

 

O coordenador da Comissão de Marchas da ABCCC, Luiz Mário Queirolo Diaz, ressalta que é uma prova de 750 quilômetros durante 15 dias, onde é simulado um serviço da estância nestas duas semanas em que os cavalos estão encilhando. “Na primeira semana, os cavalos passam por alivianamento, ou seja,  um processo de melhoramento da condição física e emagrecimento, quando percorrem distâncias menores em tempos maiores, e à medida em que esses cavalos vão pegando condição física, eles começam a aumentar as distâncias e diminuir os tempos. Com isso, a gente tem como objetivo selecionar animais superiores”, explica.

 

[ACESSE AQUI O CATÁLOGO DA 22ª EDIÇÃO DA MARCHA]

 

Segundo Diaz, um terço desses animais não consegue concluir a prova, um terço compete pela vitória e um terço apenas cumpre o percurso, que não deixa de ser uma vitória concluir a marcha de 750 quilômetros, destaca. “Esse é o principal objetivo da Marcha de Resistência. Ela é realizada só por Cavalos Crioulos e é para nós, que vivemos a Marcha, a principal ferramenta, porque é uma oportunidade de mostrar o trabalho feito na estância”, pondera. O Coordenador de Marchas da ABCCC tem uma boa expectativa para a Marcha por dois motivos principais: o tipo de terreno arenoso de Santa Vitória do Palmar e a capacidade do núcleo de ser acolhedor e receptivo.

 

Diaz aponta ainda um número muito expressivo de inscrições. “Foram 54, mas que, por decorrência de toda a catástrofe que aconteceu no Rio Grande do Sul, tivemos 51 animais concentrados que estão há 30 dias nas mesmas condições, ou seja, estão soltos em campos nativos sem suplementação extra. Eles foram dosificados há 30 dias onde foram feitas pesagem desses cavalos e uma análise clínica veterinária. Na sequência, foram soltos nas mesmas condições para nivelar a condição dos competidores”, conclui. Esses animais agora estão na sede do Sindicato Rural de Santa Vitória do Palmar para começar o processo de ferrageamento e posterior entrega aos proprietários para que tomem as últimas providências.

 

A Marcha de Resistência de Santa Vitória do Palmar ocorrerá entre os dias 15 e 29 de junho, no Parque do Sindicato Rural de Santa Vitória do Palmar e, como em edições anteriores, uma figura ilustre e de grande relevância pelo seus feitos em prol da raça Crioula é homenageada. Desta vez, o homenageado será o médico veterinário Antônio Fernando Hecker Zambrano.

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