Carrapatos e seus prejuízos na equideocultura

Colunista: Caroline Nunes Ferreira

Terça-feira - 18 de junho de 2024

Carrapatos e seus prejuízos na equideocultura
Que os carrapatos são o grande vilão da pecuária brasileira já temos uma noção da dimensão desse problema. Mas na equideocultura ele pode agir de[...]

Que os carrapatos são o grande vilão da pecuária brasileira já temos uma noção da dimensão desse problema.
Mas na equideocultura ele pode agir de forma silenciosa e trazer grandes prejuízos para a criação.

Mesmo com a chegada do frio e o controle do ectoparasita, seus prejuízos nos equinos continuam com as doenças parasitárias, onde o carrapato hospedeiro deixa hemoparasitas que levam semanas para iniciar os sinais clínicos no animal e podem permanecer em seu organismo por um longo tempo caso não haja tratamento, causando uma queda de desempenho nos atletas, atraso no crescimento de potros e na manutenção da gestação em éguas prenhas.
A anemia é a principal característica dessas doenças e com ela vem a queda no escore corporal.

Não é atoa que popularmente chamamos as doenças transmitidas pelo carrapato de “tristeza” pois ela afeta inúmeros aspectos da sanidade dos equinos onde deixa o animal apático e sem ânimo.

O clima subtropical úmido encontrado no sul do Brasil favorece o desenvolvimento desse parasita, onde o cavalo não é seu hospedeiro principal mas quando temos uma alta infestação no pasto que compromete o gado, os equinos também acabam sendo parasitados.
 

O maior desafio técnico que enfrentamos é combater esse parasita dos equinos visando que, eles são extremamente sensíveis a toxicidade de alguns antiparasitários o que limita nossas prescrições e favorece a resistência do parasita.

Banhos devem ser realizados com cautela, o uso de pour-on é favorável para os que possuem indicação para a espécie e uma ferramenta excelente para o controle é o uso da doramectina que já está disponível até mesmo na apresentação oral, direcionada para a espécie e auxiliando no controle de endo e ectoparasitas, isto é, em vermes intestinais e carrapatos.

Caso o controle seja ineficiente e os sinais clínicos no animal apareçam é fundamental um exame de hemograma com pesquisa para qual doença o animal possui, pois os sinais clínicos são muito parecidos para piroplasmose que é a babesia equina, nutaliose e erlíquiose  que são as principais doenças transmitidas pelos carrapato e embora causem os mesmos problemas, elas tem o tratamento diferenciado em função do antibiótico de eleição para casa uma.

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